Contradições
Era meia noite.
O sol raiava por entre as trevas de um claro dia.
O céu estava completamente limpo e chovia a potes.
Sentado em pé num banco de pau-de-pedra à luz de um candeeiro apagado, um analfabeto lia os ultimos capitulos de um livro sem letras, enquanto um careca-surdo-mudo-cego se penteava à frente de um espelho partido, ouvia Hard-core de um gravador avariado e acompanhava o ritmo cantando a altos berros com a sua voz rouca.
No outro quarto um maneta mansturbava-se, enquanto se lembrava da bela e sedutora rapariga que tinha a cara cheia de enormes cicatrizes e o nariz a deitar sangue, que deu uma esmola ao cego, que afirmava conhecê-la, mas só de vista.
Na sala um padre satânico, com os seus longos cabelos rapados, assim dizia:"mais vale morrer do que perder a vida".
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